Serie, Entendendo o Linux- (O Debian).
O Debian (Por Carlos E. Morimoto)
O Debian, é
provavelmente a maior distribuição Linux não-comercial, tanto em volume
de desenvolvedores quanto em número de usuários, diretos e indiretos.
O primeiro anúncio público do Debian foi
feito em agosto de 1993, mas a primeira versão (chamada Buzz) foi
finalizada apenas em 1996. A demora se deu devido ao tempo necessário
para desenvolver as ferramentas de
gerenciamento de pacotes, as ferramentas de atualização do sistema e de
manutenção dos repositórios e toda a metodologia de desenvolvimento que
continua até hoje.
O Debian utiliza um sistema de desenvolvimento contínuo, onde são desenvolvidas simultaneamente 3 versões, chamadas de Stable (estável), Testing (teste) e Unstable (instável). A versão estável é o
release oficial, que tem suporte e atualizações de segurança frequentes, o atual é o Lenny (5.0), lançado em fevereiro de 2009.
Antes dele vieram o Etch (4.0), lançado
em dezembro de 2006, o Sarge (3.1), lançado em junho de 2005 e o Woody
(3.0), lançado em julho de 2002. Atualmente, novas versões estáveis do
Debian são lançadas a cada 18 meses, sendo
que a próxima, batizada de Squeeze, está prevista para o final de 2010.
A versão instável do Debian (chamada Sid)
é a mais peculiar. Ela é uma eterna versão de testes, que não é
finalizada nunca. Ela serve como um campo de testes para novos programas
e novas versões dos pacotes já
existentes, permitindo que os problemas sejam detectados e corrigidos.
Ao usar o Sid, você tem acesso às versões mais recentes de todos os
programas, mas, em compensação, não existe garantia de estabilidade. Um
programa que funciona perfeitamente hoje
pode deixar de funcionar amanhã e ser novamente corrigido na versão
seguinte. Um erro em algum dos pacotes base pode fazer com que o sistema
deixe de inicializar depois de atualizado e assim por diante.
As versões estáveis do Debian são tão
estáveis justamente porque ficam congeladas, recebendo apenas
atualizações de segurança e correções de bugs. Diz a teoria que, se você
continuar corrigindo bugs em um programa, sem
adicionar outros no processo, em um determinado momento você chegará a
um programa livre de falhas.
O maior problema é que, devido ao longo
intervalo entre os lançamentos das versões estáveis, os pacotes acabam
ficando defasados em relação a outras distribuições, que utilizam um
ciclo de releases mais curto. Para amenizar
o inconveniente, existe a opção de usar o Testing, que é uma prévia da
próxima versão estável. Como o Testing é uma versão "incompleta", que
ainda está em desenvolvimento, normalmente o utilizamos em conjunto com o
Unstable, de forma que pacotes que ainda
não estejam disponíveis no Testing, possam ser instalados a partir dele.
Tipicamente, os pacotes começam no
Unstable, onde recebem uma primeira rodada de testes e, depois de
algumas semanas, são movidos para o Testing. Periodicamente, os pacotes
no Testing são congelados, dando origem a uma nova
versão estável. Além destes, existe o Experimental, usado como um
laboratório para a inclusão de novos pacotes.
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